DOCES E SALGADOS
Adolescentes se dizem felizes, apesar do bullying e da ansiedade na vida escolar
Estudo da OCDE mostra contrastes: insatisfação supera 20% em países como Coreia do Sul e Turquia, e não passa de 4% na HolandaOs adolescentes de 15 anos que vivem em países desenvolvidos estão satisfeitos com suas vidas, segundo relatório publicado nesta semana pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), sediada em Paris. Em escala até 10, os jovens dão, em média, uma nota de 7,3 para as suas vidas. O estudo destaca o problema do bullying e o tempo de conexão a internet como excessivos, em alguns casos.
Nesta pesquisa foram feitas perguntas sobre quatro aspectos relacionados ao bem-estar: resultados na escola, relações com colegas e professores, a vida em casa e o tempo livre.
O relatório revela que 12% dos adolescentes não estão satisfeitos, uma proporção que supera os 20% em alguns países como Coreia do Sul e Turquia. Na Holanda, menos de 4% dos alunos estão insatisfeitos.
Na "América hispânica" - conjunto de países em que a OCDE inclui Costa Rica, Brasil, República Dominicana, Colômbia, Uruguai, Peru, Portugal, Espanha, México e Chile - os adolescentes têm uma satisfação "relativamente alta". Na República Dominicana (8,5) e em Portugal (7,4) as notas de satisfação superam a média da OCDE.
No conjunto de países estudados, os meninos (39%) estão mais satisfeitos do que as meninas (29%).
Escola e sofrimento - Para alguns, no entanto, a escola se transformou em "lugar de sofrimento". Em 34 nações das 53 que compõem o estudo (membros e não membros da OCDE), há mais 10% de estudantes que garantem que seus colegas debocham deles várias vezes por mês. Além disso, 4% disseram apanhar várias vezes em um mês, enquanto 7,7% foram vítimas de agressão física várias vezes ao ano. Entre os alunos vítimas de bullying, 42% afirmam não sentir que a escola é o seu lugar.
Em todos os países pesquisados, as menonas manifestaram mais ansiedade com o trabalho escolar do que os meninos.
Professores - Os professores desempenham um papel importante na criação das condições para o bem-estar dos alunos na escola e os governos não devem definir o papel dos professores apenas através do número de horas de ensino. Os alunos mais felizes tendem a relatar relações positivas com seus professores. Estudantes em escolas onde a satisfação com a vida estão acima da média nacional relataram um maior nível de apoio de seu professor do que alunos em escolas onde a satisfação com a vida está abaixo da média.
Estresse - Muitos estudantes se dizem preocupados com tarefas e exames escolares, mas essa preocuação não está relacionadá com carga horária com ou a frequência das provas, mas com o apoio que eles recebem (ou não) dos professores e da escola; 66% dos alunos relatam estresse sobre notas ruins, e 55% dizem que ficam muito ansiosos antes das provas, mesmo que estejam bem preparados.
Internet e obsessão - O relatório também revela que o tempo de conexão à internet dos adolescentes continua aumentando, com uma média de mais de duas horas diárias nos dias de escola, e mais de três durante o final de semana. Entre os entrevistados, 26% dos jovens passam mais de seis horas por dia na internet nos finais de semana e 16% se conectam até seis horas por dia durante a semana. Esses obcecados usuários de internet tendem a se sentir mais sozinhos na escola, não pensam no futuro de seus estudos e costumam chegar atrasados às aulas.
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